Cá por casa há o vício empedernido de modificar os ditos contos tradicionais.
Aliás, a cábula escrita só serve mesmo para contar a partir das imagens (quando é a mãe). O pai…, o pai vai bem mais longe porque nunca se socorre da criatividade nem imaginação alheias. E do nada nasce uma história onde normalmente os animais e os valores são protagonistas.
O conto do Capuchinho Vermelho não foi exceção. Resumidamente, o lobo aborda a Capuchinho, mas como era muito tímido e envergonhado não reuniu a coragem necessária para pedir à Capuchinho uma das bolachinhas que levava na cestinha e que tinham um aroma delicioso. Por isso, escondeu-se na casa da avozinha – aproveitando que ela estava no jardim a colher flores. O gran finale é com todos à volta da mesa a lanchar as deliciosas bolachinhas: a avó, o lenhador, o lobo e a Capuchinho.
Outra versão não é aceite porque "o lobo não é mau, pois não?"
Em contagem decrescente para ver uma outra interpretação esta sexta, dia 29, nos Encontros de Teatro de Esposende. http://www.cm-esposende.pt/site/microsite.php?area=CULTURA#![navegador]conteudos/noticiasdt.php?b718adec73e04ce3ec720dd11a06a308=21257
2 comentários:
Efectivamente há que atualizar os contos. Não tem necessariamente de existir animais maus, até porque a natureza é boa em si mesma e em toda a sua plenitude. Os lobos não são maus, os tubarões também não, etc... A esses animais basta estarem no livro vermelho da extinção... não precisam que se acrescente o estigma do preconceito desde de terna idade...
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