É inevitável! Ponto. Quem tem filhos e quem não os tem. Desde que nascemos até que morremos. É intrínseco ao ser humano, mas é altamente prejudicial. Nos dias de hoje, pela globalização, pelas tecnologias, pela mania que se incutiu de medir tudo segundo tabelas e números e fórmulas e cálculos (que me perdoem os das ciências)... porque deve estar entre esta linha e aquela... porque os outros já fazem, já sabem... porque se ele conseguiu tu também tens de conseguir já e agora... porque... porque e... porque.
VAMOS MAL. MUITO MAL.
Às vezes dou por mim a pensar que se "criam" seres humanos como mais uma produção intensiva. Em série (que me perdoem os mais sensíveis). Não se respeitam diferenças nem tempos próprios de cada um.
A culpa é das comparações. Que podem ter exatamente o efeito contrário ao pretendido pelos pais e educadores. Não motiva. Muito pelo contrário desmotiva especialmente quando a criança ainda está numa fase de desenvolvimento físico, intelectual e emocional e definição de personalidade.
Mais útil do que esperar que o nosso filho seja mais um entre biliões é dedicar algum do nosso tempo a conhecê-lo melhor, a observá-lo, a refletir sobre as competências que já conseguiu adquirir e para as quais revela mais aptidões e proporcionar atividades que lhe permitam desenvolver as outras e aprimorar as que domina. O segredo está em proporcionar, sempre que possível, experiências diferentes de aprendizagem, porque todos aprendem de maneira e a ritmos diferentes.
Não sonhe com "uma super criança" permita que a "sua" se sinta super! É meio caminho andado para ser super!
Sem comentários:
Enviar um comentário