10.12.14

O filho mais velho


A pedido de um leitor do blog (a quem eu desde já agradeço o contributo) abordarei a questão do filho mais velho.

Pelos vistos, assiste-se frequentemente à responsabilização do filho mais velho pelos comportamentos e atitudes menos próprios dos mais novos ou de ambos.

Pois bem, apesar de que a questão se coloque cada vez menos vezes (devido à quantidade de filhos únicos - não sou eu que o digo são as estatísticas...) quando os pais pensam ter outro filho devem:
- começar a preparar a criança para a chegada de um novo membro à família (afinal o reinado de filho único pode estar prestes a acabar...)
- envolver o mais velho, na medida do possível, em todas as etapas: ecografias, compra de roupa, acessórios; cuidados com o bebé: alimentação, banho, brincadeiras, histórias,..
- fazê-los partilhar espaços (sítio para brincar / estudar / dormir), sobretudo quando o mais novo for mais crescido, pode ser uma boa estratégia para criarem laços de cumplicidade ao invés de se isolarem...

Cuidado para não delegar aquilo que são competências e tarefas parentais no seu filho mais velho. Independentemente da idade que os separa o seu filho mais velho é e será sempre seu filho e como tal exigirá sempre o seu carinho, amor, atenção e compreensão.
Por isso,
- cabe aos pais a tarefa de educar, transmitir valores, estabelecer regras / limites, apoiar,...
- é errado esperar que o mais velho se comporte como um mini adulto só porque agora tem um irmão. Ele ainda é uma criança.
- a culpa não é sempre do mais velho. Se por hábito repreende automaticamente o mais velho, cuidado pode estar a criar um pequeno tirano e manipulador
- gerir conflitos e emoções entre crianças é da competência e responsabilidade dos adultos. Tenha cuidado para não estimular conflitos. Uma relação saudável entre irmãos ou entre crianças depende de como os adultos a trabalham.

Resumindo, educar requer muita paciência, mas principalmente muito amor quer tenhamos um, dois ou mais filhos.

Sem comentários: