5.1.15

Coisas de Família - à mesa

Isto de viver com outros seres humanos confinados no mesmo espaço, vinte e quatro sob vinte e quatro, tem que se lhe diga... Por isso, é que temos irmãos (acho eu) para ir aprendendo a gerir emoções (mas também espaços e bens), a lidar com o não, a respeitar ideias, opiniões e pontos de vista diferentes, a partilhar, a ceder, a organizar... Quem nunca teve um arranca-rabo com um irmão na infância por causa disto e daquilo... A família é como dizem por aí o "tubo de ensaio" para a vida em sociedade. E as sociedades para funcionarem têm (ou deveriam) encontrar o seu equilíbrio. Ou seja, uma dinâmica própria que é só sua e que resulta. 

Na nossa, uma dinâmica que tentamos manter e respeitar é a hora da refeição. Não há televisão. Somos nós e as nossas circunstâncias do dia, da semana, do mês... O que nos alegrou e o que nos preocupa... O tempo por excelência para partilhar. E se não houver nada para dizer? Pois, também acontece... Fica o silêncio e como, geralmente, incomoda porque ninguém gosta de estar em silêncio, o assunto lá aparece. : ) Já tínhamos esse costume. Agora que o petiz já tem entendimento para isso tentamos explicar-lhe que para sair da mesa deve pedir autorização e que tem de esperar que o pai e a mãe terminem para poder sair. Ele logo porquê. Para falarmos de como correu o dia, o que fizemos, ao que brincaste, o que surgiu de novo, o que é preciso lembrar, etc... Claro que é difícil aguentá-lo ali sentado, numa cadeira que parece ser um formigueiro. Outras o cansaço (dele e nosso) fala mais alto e vence, mas nós lá vamos tentando... 

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