Só passei a acreditar nesta frase quando comecei eu própria a colocá-la em prática. Acho que é a palavra que qualquer pai/mãe mais gasta na educação de um filho. Não faças isso, não vás prá aí, não mexas, não grites, não corras, não saias do pé do pai e da mãe, não chores, não, não, não e mais nãos e nãos... Depois, chega aquela fase em que para eles até se torna divertido ouvir tantos nãos e já não ligam nenhum ou então testam a nossa paciência para lá dos limites (e que gozo lhes dá, não acham?)
A propósito, já não me recordo de quê, um colega partilhou connosco que ele só dizia "não" uma vez. Ninguém percebeu. Por isso, deu um exemplo. Estava a cozinhar e, claro, o pipoca lá de casa queria ajudar. Disse não que é muito quente e podes queimar-te. A criança insistiu. Ele não tem mais nada. Pega numa cadeira, põe-no em cima dela, destapa a panela e passa-lhe a mão por cima do vapor. Vês? (Pelos vistos, a pobre criatura já tinha batido com o braço em retirada...)
Um pouco radical, bem sei. Mas parece ter os seus resultados. É que eles não entendem o porquê do não e não entendem como é que aquilo pode causar-lhes dor ou ser perigoso. Desde que controlado acho que pode ser uma boa estratégia.
A minha sogra também tem uma muito boa. Pelos vistos o Senhor cá de casa tinha a mania de colocar os dedos nas tomadas, mas como os dedos eram gorditos e não chegavam bem lá ao fundo foi buscar um prego (esperto, ah!). Ao ver aquilo ela, que já estava cansada de lhe dizer que não era para meter os dedos na tomada, pensou vou colocar-me aqui ao lado do quadro e logo que ele coloque o prego desligo o geral. Assim foi. A partir de então nunca mais se aproximou sequer das tomadas, nem dos pregos. ; )
Acho que nisso somos relaxados. Se cai, paciência. Ninguém vai a correr aos ais em direção ao menino. Sai-nos automaticamente um "a pé oupa... não foi nada." Nas escadas, nas alturas, no fogão (utilizei a técnica do meu colega e resultou às mil maravilhas), com objetos cortantes e noutras situações.
Também é facto que há crianças que têm menos noção do perigo e que exigem uma vigilância mais apertada. Por isso, é importante conhecer a criança para ver o que pode resultar melhor com ela.
Qual a vossa opinião sobre o assunto?
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