19.2.15

Coisas que me fazem bem: Caminhadas

Não é a minha estação do ano preferida, mas eu gosto do inverno. E, se for como este - quase sem dias de chuva - ó que maravilha! Gosto do sossego, dos gelados no sofá (é quando me sabem melhor - no inverno) do crepitar da lareira, das tardes dialogantes, das sessões caseiras de cinema... Da calma... O que me deixa pena no meio disto tudo é o estado hibernante em que entram as nossas caminhadas. Não é o frio que nos afugenta é mais o anoitecer vespertino, a par da falta de um passeio condigno à porta de casa. 

Surrepticiamente, o stress vai-se acumulando nos ossos, na mente e na alma... Não imaginam o verdadeiro efeito curativo que pode ter para mim, uma coisa tão simples, como uma caminhada. Tenho que repensar este hiato para o futuro. Enquanto os pés vão calcorreando o caminho, a língua vai-se desenferrujando e a mente desentorpecendo. Dá para falar sobre as coisas do dia a dia, e ainda que na grande maioria das vezes andemos à volta do mesmo, só o facto de poder verbalizar e exteriorizar já vale a pena. [Não admira que esta tenha passado a ser uma das principais recomendações médicas... Os efeitos podem não ser muitos (já me disseram que em termos físicos caminhar não vale de nada, não sei se será verdade ou não), mas é melhor que estar no sofá, não?] Depois há o lado emocional da coisa: enquanto vamos e falamos disto e daquilo descomprime-se, relaxa-se, ri-se... regressa-se mais leve uns quilos. Se o dia foi mau, então é umas toneladas!

No fim de contas, não há nada como uns estalos de vento frio na cara para nos fazer sentir vivos e nos fazer agarrar à vida.

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